quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hoje eu acordei feliz....


Leve

DonaZica
Composição : Iara Rennó e Alice Ruiz

viver ou morrer
é o de menos
a vida inteira pode ser
qualquer momento
ser feliz ou não
questão de talento

leve a semente vai
onde o vento leva
gente pesa
por mais que invente
só vai onde pisa


domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa vida nova mas....

Achei impressionante, como todo ano, a quantidade de propaganda de chocolate e ovos de chocolate simbolizando a páscoa... até eu quase quis um ovo do Kinder Ovo com bichinhos de pelúcia fofinhos, mas o triste é que há muito vem se perdendo o real sentido da Páscoa....

Quando se digita no google páscoa qual a primeira imagem que vem??? COELHOS!!!!

Na verdade hoje a Páscoa tem o sentido comercial, de ovos de chocolate, coelhos e quanto à vida nova? Bom, isso não dá dinheiro, né?

E vou um pouco mais fundo.... se páscoa é vida nova, vem se perdendo também o real sentido da vida....

Hoje mais do que nunca assistimos aos noticiários que escancaram a violência, morte e a banalização da vida.... pessoas morrem por brigas de trânsito, briga entre namorados, rixa, ofensas banais, por dez reais ou sequer por motivo nenhum, simplesmente porque algum babaca se acha o todo-poderoso por deter uma arma e se sente no direito de tirar a vida de outrem.....

É triste pensar o ponto que chegou a humanidade, né?

Mas sempre há esperanças:


O futuro espera-nos com os seus males, mas enquanto houver a lua e a música, e amor e romance, escute a música e dance.


Irving Berlin, 1888-1989, compositor norte-americano, Follow the Fleet

Achei incrível esta frase!!!!!
 
Hoje assisti a um filme incrível chamado Encontro com Homens notáveis do Peter Brook.... fala da vida de um homem que quer saber qual a sua razão de existir e começa a buscar isso.... o filme é muito bom e tem umas passagens incríveis, a frase que mais me marcou foi:
 

"Só merecerá o nome de homem e somente poderá contar com algo que foi preparado para ele, desde O Alto, aquele que tiver sabido adquirir os dados necessários pára conservar indenes tanto o lobo como o cordeiro que foram confiados à sua guarda."

E todos temos um lobo e um cordeiro co-habitando em nosso interior, né? Ninguém é somente bom ou mal e um dos grandes desafios é buscar o equilíbrio entre eles e somente assim, seremos dignos de sermos chamados de Homens....

Feliz Páscoa!!!!!!!!!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Música inspiradora....

Too Late To Quit

The Wallflowers

Takes all my might
To find a hole that feels right
To bury myself
In a deep sleep at night
I hear a voice
Coming from the hillside
Says I'll show you the way
I will show you the light

But I'm tired
I'm tired
I'm much too tired
I'm tired

He's says I know where you were headed
And you're half way there
But you've got to be careful
You've got to beware
Some people want to hurt you
Some people don't care
But I'm never gonna give you
Any more than you can bare

[chorus]

There's nothing left here to rise above
We're not talking bout' that kind of love
You've got people here counting on you
Now's a good time
To learn how to pull through
Sometimes a good idea
Just isn't enough
You've got to do the work
Now get your ass up
There isn't really such a thing as bad luck
Yeah, but once I shot an arrow
In the sky and it stuck

[chorus]

You've got to keep movin'
You've got to keep pushin'
You're never gonna get back
Anymore than you're givin'
Life is for the living
You've got to be willin'
A song ain't a song
Until someone starts singin'

terça-feira, 19 de abril de 2011

Desejo

Desejo que o seu riso escondido se espanda, que sua vontade realizada se torne duradoura. Desejo sua felicidade pretendida, um abraço apertado, um bjo tão sonhado. Desejo que tenha um querer maior que tudo isso, que siga os sonhos profetizados, que conquiste os desejos tão planejadas. Abra seus olhos para o novo, encare, enfrente. Tente fazer diferente desta vez. Não haja com insensatez. Reflita. Mas o mais importante de tudo, não afaste aqueles que outrora caminhavam ao seu lado, que te deram ouvidos, ombros e abraços.

A cada nova historia uma nova oportunidade de seguir. Mas permaneça com o que te convém. E sempre, permaneça seguindo.

escrito por meu amigo Felipe Martinez, poeta, amigo, companheiro e humano, em seu blog http://casadomar.wordpress.com/ que aliás, eu recomendo e muito!!!!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

te amei
como nunca amei nessa vida
e do final deste amor
restou uma mulher tão fria
que nem por ti mesmo
conseguiria sentir
o amor que senti um dia


Martha Medeiros

....

crazy é uma palavra que confere certo humor à loucura

parece que se é uma louca divertida, supercrazy, personagem de gibi
alegre, magnética, cabelo colorido, uma destrambelhada
que ri

crazy é uma palavra que não descreve a minha inversão
sou louca em português, very absorta, nada institucional
desajuste silencioso, independente, que não se cura, nem
se cobre com bandeide

crazy não me entitulo, tenho a fachada são e não trago o
riso solto
meu desvio é genético, louca de berço, pura, sem aditivos
loucura genuína não se produz e a américa nada te a ver com isso

crazy é bacana, crazyland, terra dos que estão em paz e
fumam,
a noite inteira gargalhando, beijando-se uns aos outros,
just fun
o que sinto é mais uterino, absolutamente pessoal e
profano

crazy, sou às vezes
louca, doze meses por ano

Martha Medeiros

terça-feira, 12 de abril de 2011

Cartas Extraviadas....

Carta Extraviada 1


Não sei por onde começar esta carta que já nasce atrasada, pensamos sempre que temos muito a dizer mas as palavras são pouco amistosas, onde encontrá-las agora, às três e dez de uma madrugada em que me encontro insone e pensando mais uma vez em você?

Você esperou por estas palavras por muitos meses, na esperança de que elas aliviariam a dor do seu coração, mas elas não vieram porque estavam ocupadas vigiando meus impulsos, me impedindo de me abrir, e minha própria dor lhe pareceu desatenção, eu que não durmo de tanta paixão congestionada, de tanto desejo represado, de tão só que estou.

Meus motivos sempre lhe pareceram egoístas, e se eu lhe disser que o descaso aparente foi na verdade uma atitude consciente para preservar você, me chamarás de altruísta e não sairemos do mesmo lugar.

Eu errei por não permitir que você me oferecesse seu afeto, eu errei ao sobrevalorizar um risco imaginário, eu errei por achar que existem amores menores e maiores, avaliados pelo tempo investido, pela contagem dos beijos, pelas ausências sentidas, por tudo isto fui conduzido a um erro de cálculo.

Não te peço nada além de compreensão, e esta carta nem era para pedir, mas para doar, eu que sempre me achei bom nessas coisas, o voluntário da paz, o boa-gente oficial da minha turma.

Mas peço: lembre de mim como alguém que alcançou a mesma medida do seu sentimento, a mesma profundidade das suas dúvidas, o mesmo embaraço diante da novidade, o mesmo cansaço da luta, a mesma saudade.

A carta vem tarde e redigida com palavras covardes, as corajosas repousam pois se imaginam já ditas e escritas, valentes foram as palavras do início, as desbravadoras, as que ultrapassaram limites, quando nós dois ainda não sabíamos do que elas eram capazes, palavras audazes, febris.

Pela enormidade de tempo que temos pela frente em que não nos veremos mais, não nos tocaremos ou ouviremos a voz um do outro, pela quantidade de dias em que conduzirás tu vida longe de mim e eu de ti, pela imensidão da nos descrença, pela perseverança da nossa solidão, pelos nãos todos que te falei, pelo pouco que houve de sim, acredita: te amei além do possível, não te amei menos que a mim.

Carta Extraviada 2

Estou há vários dias escrevendo esta carta mentalmente, pois na mente os erros ortográficos contam menos que os erros de atitude, e só no que penso são nos erros, uma vez que foram infinitamente mais constantes que os acertos. Não estou organizando frases para resumi-las num pedido de desculpas, pois nada me parece mais raso e os meus erros merecem um pouco mais de consideração, já que foram tão solenes e fartos, meus erros foram dos de tamanho grande, e há que se ter por eles um desprezo de igual envergadura. Menina, só um amor gigante provocaria esta nossa ruptura.

Se não há explicação, ao menos sinto verter por dentro um leve arrependimento, errei por razões mínimas porém em vezes diversas, o que me confere fartura, ainda que não tenham sido erros à sua altura. Menina, eu sei, você preferiria que eu tivesse acertado, mesmo que um acerto em miniatura.

Talvez não seja da minha índole agir com generosidade, é de família esta minha dificuldade em fazer os outros felizes, mas, ao contrário, é dom da tua, pois fizeste da tua felicidade a minha clausura. Que mistério é esse de tornar um homem apático o rei da euforia, de fazer de um homem sério o senhor da galhardia, de fazer de um homem só um homem mais só ainda, por não antever mulher alguma que consiga repetir esta aventura?

Menina, por um triz não fui o que esperavas de mim, faltou-me a coragem, não faltou-me a fissura. Para sempre estarei a te escrever esta carta mentalmente, confusa e fria, mas não impura, já que nela abdico dos meus erros e acertos para revelar apenas o que em silêncio te dedico, um amor injulgável, imedível, totalmente irresponsável, amor que abraça o sofrimento para testar sua resistência e que acredita, de maneira um tanto tola e quixotesca, que só este tipo de amor é que perdura.

Carta Extraviada 3

Não é da minha natureza esperar que me dêem liberdade, não espero pelo pouco que há de essencial na vida. Sendo liberdade uma delas, eu mesmo me concedo. Ser livre não me ensinou a amar direito, se por direito entende-se este amor preestabelecido, mas me ensinou as sutilezas do sentimento, que, afinal, é o que o caracteriza e o torna pessoal e irreproduzível. Te amo muito, até quando não percebo.

O amor que eu sinto pode parecer estranho, e é por isso que o reconheço como amor, pois não há amor universal: não, caríssima. Não há um amor internacional, assim como são proclamados os cidadãos do mundo. Cada cidadão, um coração, e em cada um deles, códigos delicados. Se não é este o amor que queres, não queres amor, queres romance, este sim, divulgadíssimo. Te amo muito, e não sinto medo.

Bela e cega, buscas em mim o que poderias encontrar em qualquer canto, em todo corpo, homens e mulheres ao alcance de teus lábios e dedos, romance: conhecido o enredo, é fácil desempenhá-lo. E se casam os românticos, e fazem filhos e fazem cedo.

O amor que sinto poderia gerar casamento, pequenos acertos, distribuição de tarefas, mas eu gosto tanto, inteiro, que não quero me ocupar de outra coisa que não seja você, de mim, do nosso segredo. Te amo muito, e pouco penso.

Esta carta não chegará, como não chegarão ao seu entendimento estas palavras risíveis, estes conceitos que aos outros soariam como desculpa de aventureiro ou até mesmo plágio, já que não há originalidade na idéia, muito difundida, porém bastante censurada. Serei eu o romântico, o ingênuo? Serei o que quiseres em teu pensamento, tampouco me entendo, mas sinto-me livre para dizer-te: te amo muito, sem rendimento, aceso, amor sem formato, altura ou peso, amor sem conceito, aceitação, impassível de julgamento, aberto, incorreto, amor que nem sabe se é este o nome direito, amor, mas que seja amor. Te amo muito, e subscrevo-me.


Carta Extraviada 4

Sou mais um desses boçais que escreve tudo aquilo que deveria ser falado, e você é mais uma vítima que jamais vai ter atentido o seu desejo: saber. Mesmo consciente da sua boa vontade de me ouvir e entender, lhe escrevo, não posso ir além, não peça para remeter-me, esta carta não é para chegar, é uma carta de ficar.

Para mim e para você, escrevo que, daqui de onde me encontro, você está longe e perto, e eu estou sozinho e não. Do que sinto, aviso que é forte mas não é perigoso, é como um grande lago sereno, eu sou o píer, quase me precipito, você é todo o resto, toda água, tudo o que há. Mas somos dois e em vez de par, somos ímpares. Estou possuído por você e ao mesmo tempo permaneço impermeável, amo a seco, e rendido.

Você não me acharia convarde, você não acharia nada: você não me conhece. Sou um vulto, um alguém, você foi gentil comigo como é com os garçons e os primos, com os pedestres e com os turistas, você foi o que sempre foi, e eu não fui com você: no terceiro minuto ao seu lado eu já sabia que era irremediável, e em vez de segurar sua mão e reverter-lhe a pressa, deixei que você fosse, eu fiquei.

Os dias, os gestos, rituais cotidianos, surpresas, tudo corre, passa por mim, menos o susto deste amor que entranhou-se feito limo, umidade em peito árido, me sinto tomado, absorvido, e não encontro método ou coragem para dizer: você que é motivo e dona desta represa, fique comigo, pois é só o que eu sei fazer, ficar.

Mas você é ligeira, em movimento constante, você não senta, não repara, quer vida demais, sedenta, me fisgou muito rápido, e eu sou lento, estudado, incapaz de um repente, apaixonado por uma mulher impaciente, que suplica com o olhar e não espera, você se foi, em frente, quando deveria ter ficado.


Carta Extraviada 5


Tudo o que vejo são telas digitais, um novo mundo feito de chips e megabytes, e você vêm falar de amor, um amor que deixaria a todos incrédulos por ser real demais.

Não recebi suas cartas, mas sei que elas foram escritas, o universo regido por ícones eletrônicos induz a fantasias telepáticas. Ser intuitiva também é uma forma de conexão, há muitas cartas extraviadas viajando pelo espaço, sem fios ou cabos, sem satélites, palavras silenciadas e igualmente transmitidas. Amor é um troço raro e sempre de vanguarda.

Também escrevo minhas cartas que não são postadas, cartas digitalizadas no sonho, um mundo de excelentes intenções, nostalgias, poesias, essas coisas quase fluviais.

Você vem falar de amor de um modo que emociona, e eu vou falar de amor como se fosse sua resposta. Agradeço, primeiramente, o amor recebido e negado, demonstrado e não, seus adjetivos, seus diagnósticos e o tempo percorrido, se foi um amor de verão ou se comemorou vinte bodas anuais, o amor que sinto não é dado a configurações, o amor transcende, nunca foi mortal como a gente.

Gosto destes sons, embala o amor a rima, navego empurrada pelos ais e por sufixos e sílabas que remam, remam, aqui vão minhas palavras navais. O amor não tem ancoradouro, porto, cais – o amor é navegante e recolhe pessoas neste mar de distraídos, salva vidas. O amor que você narra e a mim dirige é amor primitivo, fora de catálogo, é sorte dos amores ambientais, estão por toda parte, para senti-lo requer apenas querê-lo. Conceitos fugazes do amor? Não creio. Há os amores produzidos e os amores naturais, os amores duros e os rarefeitos, há os que nascem do peito e os ancestrais, amores vários, todos iguais.

Em diversas cartas há seu apelo e sua culpa pelo amor não-vivido. O amor vive apesar de nós, tudo o que se sente é validado por ser existente, não sofra mais. Foram cartas não assinadas, não enviadas, talvez escritas por mais de uma pessoa, tanto faz. São cartas de amor, e mesmo com angústia e anonimato, sobrevive nelas o tesouro de um sentimento bruto, porém não violento.

O amor comentado nestes tempos que correm é produto, assunto de revistas e jornais, o amor nos tempos que correm deveria ir mais devagar, aceitarem-se múltiplos, gozo, gás. Você que escreve mentalmente, você que escreve cartas para ficar, você que não sabe direito que amor é esse e que só quer se desculpar, você que ama livre e você, entre grades, você que ama em pensamento, você e você e você, nós todos e nossos amores ornamentais, que ainda nos fazem chorar e mal entender, carentes existenciais, você e você e você e nossas cartas abortadas, digamos para nós mesmos: comunicar é lindo e gritar o amor é nobre, dizer te amo é bálsamo e mais ainda, escutar. Mas o amor independe, o amor, remetente, é transcrito no olhar, há quem entenda e há quem procure lê-lo em outro lugar.

Amor é carta que mesmo extraviada está ora chegando e partindo, e pode cair em mãos que não as destinadas, mas onde estiverem as palavras, escritas ou caladas, onde estiverem os desejos e seus códigos postais, não importa a data em que foram selados, serão sempre cartas de amor e amores que alcançaram seus finais.





Extraídas do livro "Cartas Extraviadas e Outros Poemas" - Martha Medeiros

sábado, 9 de abril de 2011

Times like these...

Fase de correria e de mudanças, muitas mudanças....
Realmente a vida é uma caixinha de surpresas e, ultimamente as coisas não tem saído de forma alguma do jeito que eu esperava.... mas afinal de contas, quando a vida é do jeito que a gente quer?
Se a gente pudesse ter controle de tudo, ai que bom seria... mas ao mesmo tempo penso que seria um tanto quanto chato..... como disse um amigo meu um dia, a perfeição é chata.
Fiquei admirada o quanto estou mais forte e como estou lidando com as situações de uma maneira mais prática, sem me transformar em vítima das circunstâncias, como diria Lulu Santos....
Meu emprego não deu certo, infelizmente, e tive a notícia ontem.... a minha chefe estava com medo de que eu ficasse chateada, mas conversamos muito e se não deu certo, sem problemas!!!! Adorei ter trabalhado lá e adoro o pessoal, esse é o tipo de coisa que todos estamos sujeitos e o bom é que ganhei amigos lá, ganhei o respeito das pessoas e o melhor, agora tenho experiência, ao menos um pouco, coisas que eu não tinha antes de ter entrado lá... então eu vejo que eu só ganhei e sei que nada foi em vão.... o que eu vou fazer? Focar no meu sonho de passar em um concurso, oras!
Quando este tipo de situação acontece muitas caraminholas aparecem na nossa cabeça, né?

É um caso de paternigênese que deveria ser documentado e estudado pela ciência, daria um tratado rsrsrs
Eu me senti um pouco insegura quanto ao futuro, pensava na idade em que eu me encontro e ainda morando com meus pais, com eles me sustentando até que eu consiga passar no concurso e isso me apavorou muito!
Medo de não conseguir passar, medo de não ser isso que eu realmente quero, aliás, medo até com relação à profissão e ao curso que eu escolhi, pensei em fugir com o circo, rs me dedidar às artes, ao tecido acrobático, ser palhaço de vez, pensei em ser cantora, astronauta, política, cantora, comediante, enfim, tudo menos juiza, advogada ou procuradora do trabalho....
Mas quando o desespero passou vi que não haveria outra profissão senão a que eu escolhi... eu amo estudar, eu amo o direito e a forma como ele pode ser aplicado para efetivamente fazer justiça, ajudar as pessoas.... que é meu sonho e meu propósito quando escolhi a carreira de juiza....
Hoje eu sei que se estudar, serei capaz de estudar e realizar este sonho.....
Mas com este objetivo tive que mudar algumas atitudes na minha vida.... aliás, não sei se as mudanças vieram primeiro que o sonho ou se o sonho que ocasionou a mudança, tudo que sei é que eu sempre fui uma mulher que amava demais....
Eu sempre fiz o tipo dependente-chicletinho, a típica inocente que todo mundo enrolava, enfim, o tipo que ninguém aguenta, rsrsrs
Eu não conseguia entender como alguém conseguia ser feliz sem ter outra pessoa ao lado, achava o mundo egoísta e individualista, eu vivia o sonho do meu parceiro e acabava por me tornar uma sombra do que ele era..... até meu último namoro....
Acho que idealizei demais e depositei muitas fichas... afinal, se com todos que eu conhecia deu certo a paixão pelo melhor amigo, por que comigo iria ser diferente? E quanto maior a expectativa, maior o tombo.... mas eu me recuperei, aliás, bem melhor do que eu esperava.... no começo sofri muito, até ver que eu era a única quem sofria.... enquanto eu chorava ele se divertia por aí com amigos, até que decidi dar um basta.... mudei o foco e passei a olhar mais para mim e vi que eu mereci isso, afinal, a gente atrai o que transmite, o mundo é um espelho e foi aí que a mudança aconteceu.... não sei como nem o momento só sei que comecei a sair, a me concentrar mais nos meus estudos, a pensar em primeiro lugar no que era melhor pra mim e não para os outros.... parei de fazer planos para dois e comecei a fazer planos comigo mesma.... resultado? Uma pessoa bem feliz e tranquila com ela mesma....
Baixei vários filmes alternativos, fui ao cinema sozinha, bares e hoje numa peça de teatro....
Aquela menina ingênua que acredita em tudo e em todos cegamente não existe mais.... hoje vivo intensamente cada dia, mas deixo as coisas acontecerem em doses homeopáticas, sem aquela pressa e aquela ansiedade que me dominavam.... de tanto criticar acabei me tornando um pouco "individualista e egoísta"e descobri que não se tratava disso, mas sim de se valorizar e ver o que é melhor pra si antes de ver o que é melhor pros outros e de desfrutar de sua própria companhia, no sentido de que é bom estar com amigos, mas também é bom ter sua individualidade, seu espaço, sua vida e estar sozinho mas não solitário, é gostar de ser sozinho....
acredito no amor, acredito que nada é por acaso, mas, no momento, nem se eu quisesse eu conseguiria namorar novamente.... acho que estou um pouco fechada, mas isso é bom, preciso reestabelecer meu reequilíbrio.... na verdade até conheci uma pessoa especial que me deixou um pouco balançada, aliás, bem balançada, mas agora não é meu momento de me relacionar seriamente com alguém... namoro é comprometimento e eu não estou pronta pra isso, não dinovo e não agora..... o bom é que ele é uma pessoa incrível que entendeu e respeitou isso....
Não tenho medo do futuro, o importante é viver o presente, afinal, "os momentos felizes não estão escondidos nem no passado e nem no futuro".
Antes meu malhor sonho era casar, ter filhos, uma família e passar num concurso.... hoje meu maior sonho é passar num concurso e viajar o mundo inteiro...... acho que a protagonista de comer, rezar, amar me inspirou, rsrsrsr

Mais uma poesia minha...

09.04.2011

Quem sou eu?


Uma mulher ou um mito?

E o que está a minha frente?

Um ponto ou uma seta?

A curva ou a reta?

Uma régua....

E pronto.

Mas o que está por trás do mito?

A persona ou a trégua?

O abosoluto ou o nada?

O eco ou o oco?

O mito ou a meta?

O vô-mito......

sábado, 2 de abril de 2011

Um quase silêncio, o dia nublado
reflexo dos meus olhos em vidros embaçados
repentina clareza, vejo de ambos os lados
somos duas pessoas sentindo tudo errado.

Martha Medeiros