terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Poesia nova


Era uma montanha gelada....
Não havia vida, não havia nada....
O vazio sussurrava palavras de aflição
As ventanias dançavam uma dança rápida,
Como se buscassem fugir dali,
Buscassem outra direção....
No meio deste ambiente inóspito,
Uma árvore com tronco retorcido,
Pequena,
Cinza,
Inválida.
Impossível não olhar pra ela.
Ela está ali,
Quebrando a paisagem gélida,
Ela atrapalha a devastação.
Uma árvore nasceu
Em meio a toda esta podridão,
Desafiou o solo infértil,
Todo o frio,
E mostrou,
Que não importa seu tamanho,
O importante é vencer a escuridão.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Go Back


Você me chama
Eu quero ir pro cinema
Você reclama
Meu coração não contenta
Você me ama
Mas de repente a madrugada mudou
E certamente
Aquele trem já passou
E se passou
Passou daqui pra melhor, foi!
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder.
Não é o meu pais
É uma sombra que pende concreta
Do meu nariz em linha reta
Não é minha cidade
É um sistema que invento
Me transforma
E que acrescento
À minha idade
Nem é o nosso amor
É a memória que suja
A história
Que enferruja o que passou
Não é você
Nem sou mais eu
Adeus meu bem
(adeus adeus)
Você mudou
Mudei também
Adeus amor
Adeus e vem
Só quero saber do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder.